No início era silêncio e nada mais. Mas, logo em seguida, quando houve rochas em formação, vento, chuva, fluxo das seivas e pulsar de corações, houve música.

Como já disse o Pe. Exupério no livro Teoria E Prática Musical: “Música é um conjunto de sons agradáveis ao ouvido.” Logo, dependendo do ouvido, todos os sons são agradáveis e tudo é música. Mais ou menos como aquele personagem do filme Perfume que era obcecado por cheiros, não importando se eram agradáveis ou não, desde cedo eu me descobri tomado por um forte interesse pela música. Certamente influenciado pelo contato com instrumentos musicais que sempre tive em casa graças ao grande apreço que meu pai também tem pela música. O caso é que assim como entrei na escola com um conhecimento considerável de escrita e leitura – por influência da minha mãe – por essa época também já arranhava alguma coisa no violão.

O tempo passou e fui desenvolvendo o hábito de ver o mundo através do prisma da música o que me levava a classificar meus amigos como acordes: fulano é um Em, sicrana é um D. Eu mesmo me defino como um F#°. Ou a analisar as canções de forma não convencional, levando em consideração a relação melodia-harmonia-ritmo, dissociados de letra-estilo-moda. Isso causa uma certa estranheza em pessoas que não sejam afeitas à linguagem musical mas, como nunca foi prioridade na minha vida agradar os outros ou convencê-los do que quer que seja, segue o baile!

O objetivo do site é registrar minhas impressões do mundo através desse viés da música, compartilhando-as e debatendo com quem possa ter interesse pelo tema. É pra ser como uma escala cromática então opinem à vontade pelo ger.50.n@hotmail.com .